Escalar até o topo do Monte Fuji foi a coisa mais desafiadora que fiz no Japão (a segunda foi usar a privada de chão risos).
Após chegar em Odawara (vejam o outro post sobre Odawara) e me instalar no hostel, procurei por mais informações sobre o Fuji-san (como é conhecido carinhosamente pelos japoneses).
Em resumo, o Fuji-san é a maior montanha, mais precisamente um vulcão semi-adormecido, do Japão com 3776 metros de altitude, e a temporada 'segura/turística' de escalada ocorre no verão, pois a maior parte descongelou até perto do topo.
Para escalar é necessário um tênis apropriado, roupas de frio, corta vento, lanterna, etc. Os guias que você encontra também dão dicas do que fazer se o vulcão começar a entrar em erupção... o que te deixa bem tranquilo rs
Na montanha existem algumas cabanas, onde é possível passar a noite caso não queira fazer todo o trajeto de uma só vez. Também, é possível ir de ônibus até parte do caminho: tudo isso transforma a escalada possível até para iniciantes e pessoas de mais idade!
Algo interessante é que no meio do caminho encontramos muitos japoneses de todas as idades, mas principalmente seniores, escalando... Ô POVO SAUDÁVEL! Mas ter uma senhorinha te passando não foi o mais humilhante rs e sim ver um pai, com a criança nas costas escalando ahah
Segue a foto do pai e a criança curtindo um passeio de boas no MONTE FUJI (!):
Lá fomos nós então, eu e uns amigos que fiz no albergue e no começo do Fuji-san. Muito do começo você caminha com certa facilidade, pois ainda não é tão ingrime como perto do topo.
Depois de um tempo começa a ficar mais cansativo e mais frio... vai dificultando aos poucos, o que é bem interessante para ter a experiência.
Mais próximo do topo, a coisa começa realmente a dificultar: você já está cansado de andar, começa a ventar e esfriar mais, fica mais ingrime e algumas partes realmente você tem que escalar (!)... tipo segurar em uma pedra para colocar o pé em outra para ir subindo assim!
Ao longo do período, nas pausas para descanso, toda vez uma linda vista está disponível... e cada foto você ganha mais força para continuar.
Já de noite, chegamos finalmente na estação 8, onde dormiríamos um pouco para acordar bem cedo de modo a pegar o nascer do sol no topo (nessa época do ano o sol nasce as 4:20... risos).
A cabana é bacana (rs) e muito cara também... a garrafa de água é equivalente a R$17. Tivemos um jantar gostoso e fomos dormir.
Dentro da cabana, embrulhado em cobertor e tudo mais, com 40 outras pessoas em volta, e eu ainda estava com frio... já sabia o que me aguardava no topo.
Dito isso, preciso contar sobre um rapaz que encontramos pelo caminho: ele é dinamarquês, e simplesmente estava de sandálias!!! Já era difícil de tenis... aí então descobrimos que ele estava escalando desde a estação 1!!!! E pior: ia subir direto sem dormir em cabana e DORMIR NO TOPO EM UMA TENDA!!! Olha... eu apostei com a galera que ele ia estar morto, mas ele sobreviveu risos.
O cara é foda. Segue foto dele com a sandália ahah
Acordamos na cabana as 2 da manhã para irmos ao topo... tome-lhe surra de montanha... vento, gelo no caminho, pedras, escuro, cansera, sono... tudo!
Mas então você olha a sua volta, vê a vista maravilhosa da cidade... vê aquelas pessoas se esforçando junto com você... a sua vontade em realmente completar esse desafio... e você continua e continua!!
Algumas horas e nenhuma força mais depois.... chegamos ao topo!!
Segue foto minha, acabado, parecendo um pinguim, com meias nas mãos e uma mascara contra o vento ahahah
Que sensação boa.... missão cumprida!! Todos felizes e esgotados por lá. Vimos o dinamarquês abraçado com uma moça qualquer lá ahah acho que fizeram um pacto para não morrerem ahah
É possível ver a cratera o que é bem legal e todo o povo lá esperando pelo nascer do sol.
Haviam muitas nuvens naquele momento então não foi possível ver claramente, mas não estragou em nada minha felicidade de ter conseguido escalar até o topo!
Foto no fim do caminho até o topo:
Alguns momentos lá, já estava na hora de descer... essa é a parte mais chata! Mas valeu a pena tudo!
Não faria de novo não ahah mas guardo com bastante carinho essa vitória. :)
Instagram: @gavosantos
Email: gavosantos@gmail.com
Em resumo, o Fuji-san é a maior montanha, mais precisamente um vulcão semi-adormecido, do Japão com 3776 metros de altitude, e a temporada 'segura/turística' de escalada ocorre no verão, pois a maior parte descongelou até perto do topo.
Para escalar é necessário um tênis apropriado, roupas de frio, corta vento, lanterna, etc. Os guias que você encontra também dão dicas do que fazer se o vulcão começar a entrar em erupção... o que te deixa bem tranquilo rs
Na montanha existem algumas cabanas, onde é possível passar a noite caso não queira fazer todo o trajeto de uma só vez. Também, é possível ir de ônibus até parte do caminho: tudo isso transforma a escalada possível até para iniciantes e pessoas de mais idade!
Algo interessante é que no meio do caminho encontramos muitos japoneses de todas as idades, mas principalmente seniores, escalando... Ô POVO SAUDÁVEL! Mas ter uma senhorinha te passando não foi o mais humilhante rs e sim ver um pai, com a criança nas costas escalando ahah
Segue a foto do pai e a criança curtindo um passeio de boas no MONTE FUJI (!):
Lá fomos nós então, eu e uns amigos que fiz no albergue e no começo do Fuji-san. Muito do começo você caminha com certa facilidade, pois ainda não é tão ingrime como perto do topo.
Mais próximo do topo, a coisa começa realmente a dificultar: você já está cansado de andar, começa a ventar e esfriar mais, fica mais ingrime e algumas partes realmente você tem que escalar (!)... tipo segurar em uma pedra para colocar o pé em outra para ir subindo assim!
Ao longo do período, nas pausas para descanso, toda vez uma linda vista está disponível... e cada foto você ganha mais força para continuar.
Já de noite, chegamos finalmente na estação 8, onde dormiríamos um pouco para acordar bem cedo de modo a pegar o nascer do sol no topo (nessa época do ano o sol nasce as 4:20... risos).
A cabana é bacana (rs) e muito cara também... a garrafa de água é equivalente a R$17. Tivemos um jantar gostoso e fomos dormir.
Dentro da cabana, embrulhado em cobertor e tudo mais, com 40 outras pessoas em volta, e eu ainda estava com frio... já sabia o que me aguardava no topo.
Dito isso, preciso contar sobre um rapaz que encontramos pelo caminho: ele é dinamarquês, e simplesmente estava de sandálias!!! Já era difícil de tenis... aí então descobrimos que ele estava escalando desde a estação 1!!!! E pior: ia subir direto sem dormir em cabana e DORMIR NO TOPO EM UMA TENDA!!! Olha... eu apostei com a galera que ele ia estar morto, mas ele sobreviveu risos.
O cara é foda. Segue foto dele com a sandália ahah
Acordamos na cabana as 2 da manhã para irmos ao topo... tome-lhe surra de montanha... vento, gelo no caminho, pedras, escuro, cansera, sono... tudo!
Mas então você olha a sua volta, vê a vista maravilhosa da cidade... vê aquelas pessoas se esforçando junto com você... a sua vontade em realmente completar esse desafio... e você continua e continua!!
Algumas horas e nenhuma força mais depois.... chegamos ao topo!!
Segue foto minha, acabado, parecendo um pinguim, com meias nas mãos e uma mascara contra o vento ahahah
Que sensação boa.... missão cumprida!! Todos felizes e esgotados por lá. Vimos o dinamarquês abraçado com uma moça qualquer lá ahah acho que fizeram um pacto para não morrerem ahah
É possível ver a cratera o que é bem legal e todo o povo lá esperando pelo nascer do sol.
Haviam muitas nuvens naquele momento então não foi possível ver claramente, mas não estragou em nada minha felicidade de ter conseguido escalar até o topo!
Foto no fim do caminho até o topo:
Alguns momentos lá, já estava na hora de descer... essa é a parte mais chata! Mas valeu a pena tudo!
Não faria de novo não ahah mas guardo com bastante carinho essa vitória. :)
Instagram: @gavosantos
Email: gavosantos@gmail.com
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